domingo, 22 de setembro de 2013

PRIORIDADES


PRIORIDADES

Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato. Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.

Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade. Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranquila e mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.

Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria.

Cada um que examine o baú de suas prioridades, e faça a arrumação que quiser ou puder. Que seja para aliviar a vida, o coração e o pensamento - não para inventar de acumular ali mais alguns compromissos estéreis e mortais.

(Lya Luft)

sábado, 21 de setembro de 2013

OLHE PARA TRÁS




OLHE PARA TRÁS

Olhe para trás! Está vendo o caminho percorrido? Entre quedas e tropeços, subidas e descidas, momentos bons e ruins, chegamos até aqui.

Vivemos histórias que não pertencem a ninguém mais. Guardamos na memória fatos que máqu
ina nenhuma no mundo conseguirá revelar: fazem parte das nossas lembranças, nossos passos e da pessoa única que somos.

Mas, infelizmente, temos o hábito de guardar cicatrizes do que nos fez infelizes e olharmos como uma lembrança distante e apagada o que nos deu alegria. É possível ressentir uma grande dor com grande intensidade, trazendo à tona as mesmas emoções vividas, mas como é difícil ressentir do mesmo jeito uma felicidade que um dia nos fez vibrar!

O ideal seria inverter as situações. Guardar na pele e na alma cicatrizes do que nos fez bem e nos lembrar do mal sem muita nitidez. Guardar das pessoas o lado bom, o bem que nos fizeram e o que de bom vivemos juntos. Talvez devesse constar com mais freqüência as palavras "perdão" e "compreensão" no nosso dicionário.

De vez em quando, digo, olhe para trás! Mas não se volte completamente. Olhe apenas o bastante para se lembrar das suas lições para que estas te sirvam no presente. Não lamente o que ficou, o que fez ou deixou de fazer. O que é importante seu coração carrega.

Olhe diante de si! Há esse véu encobrindo o que virá, deixando entrever apenas o que seus sonhos permitem. Mas existe dentro de você uma sabedoria de alguém que desbravou alguns anos da história. Existe dentro de você uma força que te torna capaz!

O dia chega insistente como as marés do oceano. Às vezes calmo, outras turbulento, mas presente sempre. Vivo sempre. Cada noite dormida é uma vitória, cada manhã, um novo desafio. E você nunca está sozinho, mesmo quando se sente solitário. Todo o seu passado está gravado em você, como gravadas estão as pessoas que você amou.

Levante esse véu pouquinho a pouquinho a cada amanhecer; sem pressa, saboreando a vida como uma aventura, nem sempre como um mar calmo e tranqüilo, mas possível, muito possivelmente vitoriosa. Construa hoje as suas marcas de amanhã.

(Letícia Thompson)

Fonte do texto: http://www.leticiathompson.net/




domingo, 15 de setembro de 2013

CRIANÇAS MANIPULADORAS


CRIANÇAS MANIPULADORAS

Choros, gritos, queixas injustificadas … tudo vale quando há um objetivo a atingir. Mas não se deixe enganar…. é tudo pura manipulação!

Às vezes até nos espantamos com o "talento" que algumas crianças têm para manipular os adultos. Elas fazem olhinhos de choro, queixam-se, amuam … insistem até à exaustão com o propósito de “levar a água ao seu moinho”.

Certo é que muitas vezes o conseguem, pois acabam por vencer os mais velhos pelo cansaço! "Porque é que o Joana pode ir e eu não?", "a Maria pode ficar a ver televisão até tarde, porque é que eu não posso?", as comparações são uma das técnicas mais comuns quando falamos em manipulação.

Todas as crianças começam desde cedo a tentar controlar os pais. Pouco a pouco apercebem-se que algumas estratégias são eficazes e não hesitam em utilizá-las. Tentam encontrar os pontos fracos, que passam muitas vezes por manifestações de carinho (abraços, beijos) e testar os limites dentro dos quais se podem mover. Vão tateando e, se não lhes forem impostas regras, continuam à procura dos limites o que os vai transformar em pequenos seres provocadores e insaciáveis.

De igual modo, quando as regras não são claras e estão constantemente a mudar, cria-se uma grande confusão que pode aumentar a tendência para o conflito e para a manipulação.

- Capacidade inata ou apenas imitação?

Um bebê consegue entender que quando chora é agarrado pela mãe, portanto vai fazê-lo repetidamente. Ninguém os ensina diretamente, mas os adultos acabam por lhes indicar o caminho.

Quem não recorre ao “suborno” como forma de controlar uma criança? Através da utilização da técnica punição/recompensa é que muitos comportamentos são modelados, o que por vezes nos esquecemos é que as crianças aprendem por imitação.

A utilização da recompensa é uma boa estratégia educativa quando usada com conta, peso e medida, quando se abusa dessa técnica os resultados acabam por ser desastrosos.

Muitos pais, em desespero de causa, optam pelos prêmios e as crianças começam a jogar com isso a ponto de só se comportarem bem se forem recompensadas. Claro que esse não é objectivo da educação.

A motivação deve vir de dentro para fora, ou seja, os mais novos deverão ser educados no sentido de se comportarem de forma adequada por isso ser o melhor para eles, não porque esperam vir a ser recompensados materialmente (quanto muito poderão esperar uma dose extra de carinho da parte dos educadores).

- Conflitos familiares

“Pois… mas eu na casa do pai posso fazer isso e aqui não. Tu não gostas de mim!”. Este tipo de cena é muito comum. Comparar, semear a discórdia entre os pais constitui uma das técnicas de manipulação emocional. Por isso mesmo há que estar alerta e ter a resposta sempre preparada. É absolutamente normal que os pais não estejam sintonizados em determinadas regras.

Cada um tem a sua história familiar e interiorizou modelos de conduta certamente bastante distintos. Quando há um divórcio todas essas diferenças se acentuam, mas mesmo em casais que vivem juntos existem diferenças no modo como encaram a educação dos filhos. Por este motivo, é muito importante que haja diálogo entre o casal, pois só assim se trocam experiências e criam consensos. O ideal seria que começassem a fazê-lo quando os filhos são ainda um projeto, antes de sentirem a pressão da criança real.

De qualquer modo, é absolutamente fundamental que a criança não tenha a ideia de ter o poder de semear a discórdia entre os pais. Caso isso aconteça, vai sentir-se culpada e essa culpabilidade aumenta a insegurança e fragiliza-lhe a autoestima.

- Manipulação entre irmãos

As brigas entre irmãos sempre existiram e sempre existirão. Sabe-se também que a maior parte das vezes têm como objetivo atingir os pais, pois se observarmos bem, muitos irmãos dão-se lindamente quando estão sozinhos e apenas iniciam lutas quando os pais estão por perto. Depois seguem-se as cenas habituais. Um dos pais vai ter de desempenhar o papel de juiz e designar um deles como culpado. A vítima, porém, passa a usar a situação em seu benefício “pois… eu sou sempre o culpado, ela pode fazer tudo, eu não …”. Geralmente esta técnica dá resultado, porque faz eco na consciência dos pais, fazendo-os cair nas malhas do manipulador. Perante esta situação há que manter a cabeça fria e agir com calma.

Uma regra básica é a de evitar ao máximo intrometer-se nas brigas entre irmãos. Eles é que iniciaram o conflito, portanto são eles que têm de encontrar a solução.

Em hipótese alguma deve interceder por um, uma vez que está, automaticamente a tomar o partido do outro, a aumentar a rivalidade e a criar uma relação de vilão/vitima. Um passa a ser o manipulador enquanto que o outro goza dos privilégios de ser o querido da família.


- Como lidar com a manipulação?

Evite recorrer à chantagem como forma de controlar o seu filho. Tenha presente que as crianças aprendem por imitação. Fale claramente com a criança e explique-lhe o que espera que ela faça.

Estimule-a no sentido de aprender a decidir. Dê-lhe várias opções e peça-lhe que se decida apenas por uma.

Face a uma birra, não se deixe intimidar. Deixe que esperneie e grite… no final fale com ele calmamente e explique-lhe que não é através desses meios que vai conseguir atingir os objetivos.

(Teresa Paula Marques)
Psicóloga Clínica, especialista em Psicologia Infantil.
https://www.facebook.com/teresa.paula.psicologa

sábado, 14 de setembro de 2013

ONDE ESTÁ O AMOR


ONDE ESTÁ O AMOR

Nós nos apertamos muito na vida, às vezes durante longos trechos do caminho, às vezes durante o caminho todo, porque queremos ser amados. Esticamos a corda, fazemos escolhas equivocadas, abrimos brecha para as doenças, mentimos para nós mesmos, mentimos para os outros, criamos as mais estranhas confusões, porque queremos ser amados. Passamos ao largo dos sentimentos mais viçosos, das verdades mais intensas, das belezas mais risonhas, porque queremos ser amados. Erguemos muros altíssimos, amordaçamos as nossas sementes, engaiolamos os nossos pássaros, tentamos conter os nossos rios, porque queremos ser amados.

Ai, porque queremos ser amados, por mais estranho que pareça, às vezes fechamos o coração ou abrimos só um pedacinho dele e, ainda assim, lá na porta dos fundos. Sustentamos enganos, vestimos roupas que não nos servem, fazemos pactos com a escassez, ignoramos prazeres, agüentamos privações, porque queremos ser amados. Mantemos a ilusão de que alguém ou alguma coisa trará, enfim, a chave que abre o nosso cárcere, e, enquanto o tal carcereiro não aparece, morremos por falta de alegria, um pouquinho a cada instante, porque queremos ser amados. Apagamos sóis, em vez de acendê-los. Soterramos sonhos, em vez de cultivá-los. Desenhamos uma história que nada tem a ver com a gente. Deixamos crescer a erva daninha até o ponto em que ela oculta as flores mais lindas e mais nossas, porque queremos ser amados.

Até que num belo momento, depois de muito cansaço, depois de muito doer, depois de muita neblina, depois de muita busca, sobretudo, a gente descobre, contente que nem criança diante de novidade, onde o amor estava o tempo todo. Onde estava a chave. Onde estava o alimento. Maravilhados, começamos a cuidar de nós mesmos. Começamos a dedicar carinho e delicadeza a nós mesmos, esses que pensávamos que podiam vir somente dos outros. Começamos a ser a mãe e o pai de nós mesmos, e também os filhos, os enamorados, os benfazejos. Descobrimos que o interruptor que faz a vida acender esteve o tempo inteiro no nosso próprio coração.

Começamos a caminhar a partir da fonte inesgotável de amor que já nos habita. Que é a nossa essência. Que independe de intermediários, que são preciosos, sim, mas para enriquecer a nossa passagem pelo mundo. Para trocarmos aprendizado e entusiasmo. Para brincarmos juntos. Para partilharmos encantos. Para partilharmos também as dores que, invariavelmente, nos visitam. Começamos a caminhar, enfim, a partir do amor que é essa matéria-prima disponível em nós, que permeia tudo o que podemos criar, agora, com a nossa existência. Começamos a querer somar com a nossa contribuição, seja lá qual for, porque quando a gente começa a se amar começa também a sentir que dar é o primeiro jeito de recebimento. A vontade de fazer o amor circular é tão genuína, é tão natural, que a gente quer molhar a vida inteira nesse oceano amoroso, sabedores de que somos parte dele.

Continuamos a querer ser amados, é claro. Amados com o charme que flui, com o olhar que abençoa, com a atenção que enleva. Mas o amor que vem dos outros não é mais salvação, a única chance de felicidade, o tapa-buracos, o paliativo para a carência que o afastamento de nós mesmos nos provoca. Não é mais remédio, fórmula, chá milagroso ou coisa que o valha. É, antes de tudo, um espelho que reflete a nossa própria capacidade de viver um amor que ri. Um amor que canta. Um amor que é gentil. Um amor que é paciente. Um amor que cuida, porque o cuidado é da natureza dele. Um amor que é grande e que abraça com calor e sem pressa. Um amor que, generoso, nos respeita e nos acolhe, com tranqüilidade, do jeitinho que a gente é. Um amor que vale a pena. Com frescor, com alegria, às vezes com tristeza e dificuldade também. Mas, principalmente, um amor que não sabe o que é esforço.

Amor cria espaço e beleza, é só a gente olhar para o universo. Quem entende bem dessa história de aperto é o medo, esse nosso carcereiro sabotador.

A cada gesto, a cada palavra, a cada silêncio, precisamos nos perguntar se estamos criando mais espaço ou apenas mais aperto na nossa vida. Se quem está em cena é o nosso amor ou o nosso carcereiro.

(Ana Jácomo)


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O JARDIM SECRETO DE CADA UM



O JARDIM SECRETO DE CADA UM

Cada pessoa possui uma espécie de jardim secreto que representa a beleza da sua alma. Nele se refletem as emoções e os sentimentos que tem o poder de alterar a sua estética. 

Quando notar que o seu jardim interior está diminuindo a beleza e o brilho de outrora, faltando flores e sem exalar o perfume especial da vida... Isso indica que está na hora de você se cuidar para resgatar a essência da sua formosura.

A renovação do seu jardim só vai acontecer quado você começar a se livrar das ervas daninhas conhecidas como ressentimento, desilusão e orgulho; quando replantar novas mudas de autoestima, perdão e altruísmo; quando regá-lo todos os dias com as águas da renovação e esperança.

Sutilmente você perceberá a vida fluindo novamente, trazendo de volta a beleza e o brilho do seu jardim, fazendo dele um local propício e atrativo para os colibris e para as borboletas da felicidade.

(Pedro Leite)

LIXOS EXISTENCIAIS



LIXOS EXISTENCIAIS

Se é verdade que a cada dia basta a sua carga, por que então teimamos em carregar para o dia seguinte nossas mágoas e dores? Há ainda os que carregam para a semana seguinte, o mês seguinte e anos afora...

Nos apegamos ao sofrimento, ao ressentimento, como nos apegamos a essas coisinhas que guardamos nas nossas gavetas, sabendo inúteis, mas sem coragem para jogar fora. Vivemos com o lixo da existência, quando tudo seria mais claro e límpido com o coração renovado.

As marcas e cicatrizes ficam para nos lembrar da vida, do que fomos, do que fizemos e do que devemos evitar. Não inventaram ainda uma cirurgia plástica da alma, onde podem tirar todas as nossas vivências e nos deixar como novos. Ainda bem.

Não devemos nos esquecer do nosso passado, de onde viemos, do que fizemos, dos caminhos que atravessamos. Não podemos nos esquecer nossas vitórias, nossas quedas e nossas lutas. Menos ainda das pessoas que encontramos, essas que direcionaram nossa vida, muitas vezes sem saber.

O que não podemos é carregar dia-a-dia, com teimosia, o ódio, o rancor, as mágoas, o sentimento de derrota.

Acredite ou não, mas perdoar a quem nos feriu dói mais na pessoa do que o ódio que podemos sentir toda uma vida. As mágoas envelhecidas transparecem no nosso rosto e nos nossos atos e moldam nossa existência.

Precisamos, com muita coragem e ousadia, abrir a gaveta do nosso coração e dizer: eu não preciso mais disso, isso aqui não me traz nenhum benefício e eu posso viver sem.

E quando só ficarem as lembranças das festas, do bem que nos fizeram, das rosas secas, mas carregadas de amor, mais espaço haverá para novas experiências, novos encontros. Seremos mais leves, mais fáceis de ser carregados mesmo por aqueles que já nos amam.

Não é a expressão do rosto que mostra o que vai dentro do coração? De coração aberto e limpo nos tornamos mais bonitos e atrativos e as coisas boas começarão a acontecer.

Luz atrai, beleza atrai. Tente a experiência!... Sua vida é única e merece que, a cada dia, você dê uma chance para que ela seja rica e feliz.

(Letícia Thompson)

Fonte: http://www.leticiathompson.net/

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL


PSICÓLOGO, PSICANALISTA, PSICOTERAPEUTA E PSIQUIATRA
Entenda o papel destes profissionais da Saúde Mental. 

PSICÓLOGOS: São profissionais de saúde mental, cuja principal função é de avaliação psicológica, pois é essa que é específica do Psicólogo e que o distingue de qualquer outro profissional de saúde mental. Outra das suas funções é o acompanhamento psicoterapêutico. O Psicólogo tem contato com várias abordagens psicológicas e pode optar por um desses campos teóricos, ou integrar saberes de diversas correntes.

PSICOTERAPEUTAS: São Psicólogos ou Psiquiatras que realizaram uma formação especializada em Psicoterapia numa determinada abordagem teórica. Existem diversos ramos de Psicoterapias (Psicanalítica, Cognitiva, Comportamental, Gestalt-terapia, Jungiana, Corporal, Centrada na Pessoa, Sistêmica, Fenomenologia Existencial, Integrativa, Breve, etc.) e o tempo de formação teórica e prática é variável.

PSICANALISTAS: podem ser Psicólogos ou Médicos com formação em Psicanálise na Sociedade de Psicanálise. Possuem essencialmente a função analítica e o objectivo é a reestruturação/organização da personalidade através do aclaramento progressivo da dinâmica psicológica inconsciente.


PSIQUIATRAS: São médicos com especialização em Psiquiatria. Estes profissionais de saúde mental são responsáveis pelo tratamento farmacológico dos sintomas e, apesar de considerarem a complexidade e dinâmica da pessoa, focalizam-se principalmente sobre os aspectos fisiológicos das manifestações psíquicas indesejáveis (sintomas).


Nota:
Sempre que procurar um destes profissionais, não tenha receio de pedir o número do seu registro profissional (CRP ou CRM) para verificar se o mesmo é devidamente autorizado.

Pedro Leite Machado
Psicólogo Especialista em Gestalt-terapia Clínica
https://www.facebook.com/psi.pedroleite

domingo, 8 de setembro de 2013

TRANSITORIEDADE


TRANSITORIEDADE

Quando aprendemos a viver a vida a partir da compreensão da transitoriedade humana, conseguimos dar conta da nossa brevidade, agimos sem desperdiçá-la e passamos a valorizar aquilo que realmente importa. Dessa forma, permitimos que atitudes relevantes ganhem espaço em nossas prioridades, onde passamos a privilegiar o "ser" em relação ao "ter", o altruísmo em relação ao egoísmo e a simplicidade em relação a vaidade narcisista.

experiência de viver assim não é fácil, mas certamente proporcionará novos encontros, novos sabores e a reformulação dos nossos laços afetivos com as pessoas e com o mundo que nos cerca.

Quando um dia, em algum ponto da nossa jornada existencial, ao olharmos para trás, perceberemos o quanto fomos assertivos e generosos ao tomarmos a decisão de presentearmos a vida das pessoas e o mundo com o melhor que há em nós.

(Pedro Leite)

sábado, 7 de setembro de 2013

O AMOR TERAPÊUTICO


O AMOR TERAPÊUTICO

"O Amor é a única maneira de captar outro ser humano no íntimo da sua personalidade. Ninguém consegue ter consciência plena da essência última de outro ser humano sem amá-lo. Por seu amor a pessoa se torna capaz de ver os traços característicos e as feições essenciais do outro e mais ainda, ela vê o que está potencialmente contido nele, aquilo que ainda não está, mas deveria ser realizado […] conscientizando-a do que pode ser e o que pode vir a ser, aquele que ama faz com que essas potencialidades venham a se realizar".

(Victor Frankl)


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Nesta postagem vamos fazer uma reflexão sobre a manifestação amorosa do terapeuta pelo cliente, a que é denominada "amor terapêutico".

Nesse tipo de relação o amor pode acontecer, e se manifesta com características diferenciadas. Diferente do amor por si mesmo, amor fraterno, amor materno, amor erótico e amor romântico ou paixão.

O amor terapêutico envolve aceitar o cliente tal como ele é, perceber as suas necessidades, sentimentos, crenças, valores, conflitos e dificuldades entre outras coisas.

Na relação terapêutica amorosa, o terapeuta se permite discordar do cliente, frustrar manipulações e jogos de controle, estabelecer limites entre terapeuta e cliente, oferecer suporte para que o cliente experimente as próprias limitações e dificuldades, responsabilizando-se por elas.

O terapeuta que ama seu cliente precisa ser muitas vezes firme e forte para evitar manipulações e ajuda-lo a assumir responsabilidades. Isso não quer dizer que ele deva ser rude, agressivo ou frio, o que não seria uma atitude amorosa. A essência do Amor é o relacionamento.

A relação terapêutica possui conhecidas características que a diferenciam das demais relações humanas, extensamente estudadas nas teorias da prática psicoterápica. O amor terapêutico é mais um dos aspectos que distinguem essa forma de encontro de tantas outras.

O amor terapêutico pode se manifestar não só na relação psicoterapeuta-cliente; um médico, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, um terapeuta ocupacional também podem manifestar-se amorosos na relação com seus pacientes; certamente, suas atitudes amorosas facilitarão o processo de cura, de recuperação ou de reabilitação dos mesmos, uma vez que a saúde é muito mais do que a ausência de doenças, mas um estado de integração do indivíduo.

É através do estado de ser amoroso que o terapeuta cria condições para que o cliente possa ouvir, ver compreender, aceitar e amar a si mesmo. O amor só pode ser recebido pelo cliente se ele próprio estiver em estado amoroso; o amor do terapeuta cria a oportunidade para que o potencial de amor do cliente possa ser ativado por ele mesmo.

As atitudes amorosas do terapeuta favorecem o contato do cliente com o "desamor" próprio, uma vez que através da relação terapêutica ele poderá perceber que, apesar de ser aceito, valorizado, respeitado e amado, ainda assim ele rejeita, desvaloriza, desrespeita e deixa de amar a si mesmo.

O cliente que não ama a si mesmo envolve-se em relações não amorosas, pois nesse caso relacionar-se com o outro amoroso significa perceber-se e depar-se com as próprias dificuldades. O indivíduo amoroso não estabelece jogos manipulativos, nem cristaliza-se no desempenho de papéis rígidos, ou absorve projeções advindas do parceiro. Relacionar-se com uma pessoas verdadeiramente amorosa é como estar diante de um espelho e ver refletida a própria imagem, seja ela bela ou defeituosa.

E este é um dos aspectos essenciais da relação terapêutica: o terapeuta amoroso confirma as necessidades do cliente e o eceita tal como é, mas sem contracontrolar ou manipular, sem seduzir sem deixar-se seduzir, sem incorporar projeções ou buscar onipotentemente satisfazer o cliente e "salvá-lo" das próprias dificuldades. Ele se oferece como instrumento para que o cliente experimente com segurança todo sofrimento auto-imposto, e a partir da constatação profunda de seus modos de existir, possa confirmar-se e compreender-se para ser capaz de amar a si mesmo.

O terapêuta amoroso não só funciona como "espelho" dos aspectos conflitantes ou destrutivos do cliente. Obviamente, reflete suas capacidades e potencialidades, como também com a própria beleza, seus aspectos construtivos, belos e únicos, sua singularidade. O cliente que não se vê, não deixa apenas de deparar-se com os medos e as dificuldades, como também com a própria beleza, seus aspectos positivos e criativos, suas capacidades e habilidades, enfim, com a própria individualidade.

A atitude amorosa do terapeuta permite que o cliente passe a questionar o "mito do amor condicional", ou seja, as crenças, os valores e as atitudes, nos relacionamentos afetivos, baseadas na crença maior de que o amor só pode ser vivido sob certas condições. Possibilita também que o cliente experimente um nova maneira de relacionar-se, na qual a aceitação, o respeito, a consideração, os limites, a responsabilidade, o compartilhar e o amor estão presentes.

Assim, ao oferecer um clima de segurança, o terapeuta possibilita ao cliente experimentar a vulnerabilidade, as necessidades, os sentimentos próprios e também, o amor. O cliente pode ser aceito, respeitado, valorizado e amado e, progressivamente, recuperar a aceitação de si mesmo, desemvolvendo sua capacidade para amar.


SOBRE O PODER DO AMOR NA TERAPIA


SOBRE O PODER DO AMOR NA TERAPIA

O ser humano permanece um mistério, assim como um encontro entre duas pessoas é um mistério ainda maior, o mistério do Amor. E cada novo encontro me faz relembrar isso de alguma maneira.

Sem dúvida, não se pode ignorar o jogo das projeções e a importância da transferência e da contratransferência, mas existe algo maior nesses encontros [...] 

O amor é o evocador, é o princípio de todo trabalho terapêutico, sem ele nada acontece na vida. É ele que favorece a abertura, o diálogo, a vida, a verdade [...]

O que impressiona e me assusta, é quando nós, terapeutas, temos medo do amor. Até aprendemos técnicas para nos protegermos. No entanto só o amor pode curar o amor ferido.

(Leon Bonaventure)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

QUANDO DEVO BUSCAR AJUDA DE UM(A) PSICÓLOGO(A)?




QUANDO DEVO BUSCAR AJUDA DE UM(A) PSICÓLOGO(A)?

- Quando estiver enfrentando dificuldades nos relacionamentos: profissional, familiar, amoroso e amizades;

- Quando necessitar de autoconhecimento ou estiver passando por crises existenciais;

- Quando estiver com dificuldades de lidar com a educação dos filhos, com o envelhecimento, com saída dos filhos de casa, dentre outros;

- Quando estiver com dificuldades escolares ou distúrbios de aprendizagem como: hiperatividade, deficit de atenção, dislexia e outros;

- Quando houver passado por situações de riscos ou violência como: sequestros, assaltos, abusos, estupros ou outras situações traumáticas;

- Quando há suspeita ou diagnóstico de psicopatologias como: depressão, fobias, medos, ansiedade, transtornos alimentares (bulimia, anorexia, obesidade), síndrome do pânico, transtorno Obsessivo compulsivo, manias, tiques, e ouras questões neurológicas ou psiquiátricas;

- Quando demonstrar comportamentos persistentes como: sentimento de inferioridade, tristeza e desânimo, agressividade, insônia, insegurança, irritabilidade, angústia provocada por perdas, frustração, ciúmes excessivo, sintomas físicos sem justificativa aparente (psicossomáticos).

Pedro Leite Machado
Psicólogo Especialista em Gestalt-terapia Clínica
https://www.facebook.com/psi.pedroleite

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

APATIA PERSISTENTE PODE SER DOENÇA E NECESSITA DE TRATAMENTO



A apatia pode estar camuflando uma doença conhecida como Distimia, que é uma forma crônica de depressão, com sintomas mais leves. Diferente da "depressão maior" que paralisa e pode levar até a morte, a pessoa com distimia continua tocando a vida, sempre com um incômodo que a impede de desfrutá-la plenamente. O indivíduo com distimia não consegue demonstrar entusiasmo com nada, é retraído e enxerga quase sempre o lado negativo das coisas.

Geralmente o distímico não enxerga a sua condição, pois com o tempo incorporou esses traços negativos à sua personalidade e passou a achar que a vida é mesmo uma chatice. Por isso, são muito resistentes à ideia de que estão adoecidos.

A distimia é uma doença e não deve ser subestimada, pois quem a possui, pode desenvolver quadros depressivos graves. Devido seu desconhecimento, quem possui distimia costuma procurar ajuda só quando ela já evoluiu para um quadro depressivo grave.

A apatia e o mau humor patológico (distimia) podem ser tratados com a ajuda de medicamento antidepressivo prescrito por um Psiquiatra, associado à Psicoterapia. Enquanto o medicamento atua corrigindo o desequilíbrio químico dos neurotransmissores responsáveis pelo humor, a Psicoterapia leva o indivíduo a vivenciar suas aflições, ajuda a reconfigurar sua vida pelo resgate da sua autonomia, possibilitando assim a experiência de sentir prazer novamente.

Pedro Leite Machado
Psicólogo Especialista em Gestalt-terapia Clínica
https://www.facebook.com/psi.pedroleite

COMO VOCÊ ESTÁ LIDANDO COM O PERDÃO?



COMO VOCÊ ESTÁ LIDANDO COM O PERDÃO?

Apesar do termo "perdão" quase sempre levar as pessoas a relacioná-lo ao aspecto religioso, o perdão transcende os limites da religiosidade e se constitui num dos mais poderosos facilitadores dos relacionamentos humanos.

A eficácia do perdão está comprovada cientificamente, sendo um dos meios mais eficazes para sarar relacionamentos. Experiências sugerem que o perdão tem um papel importante no que diz respeito a redução da depressão e da ansiedade, assim como também foi ligado a aumentos de auto-estima. No ambiente onde ocorrem experiências de perdão, as pessoas sentem-se mais leves, livres de culpa, sem estresse e desequilíbrio emocional, pois o ato de perdoar produz benefícios, para a saúde física e psicológica.

Perdoar é como liberar sentimentos ruins que estão armazenados em nosso íntimo, contaminando nossa vida. Quando guardamos e congelamos nossas amarguras, sem nos permitir resolver nossas pendências, essas continuarão como feridas abertas, nos tornando potenciais candidatos a somatização, devido cargas emocionais sem solução.

Sei que perdoar não é um processo simples, pois não é fácil lidar com o poder da ofensa ou da perda. Mas a maneira correta de lidar com essas questões amargas deve ser esta: Devemos zerar a nossa conta negativa a partir do exercício do perdão, fazendo constantemente uma faxina emocional e recomeçar uma nova caminhada junto das pessoas com as quais nos desentendemos.

A experiência de perdoar tem mostrado que sempre colhemos bons frutos pelo seu exercício em nossa vida. O perdão também vai proporcionar, a partir do retorno da comunicação, um ambiente mais harmonioso, prazeroso, se configurando num espaço de produção de vida.

Aproveite então para iniciar esse processo ainda hoje em sua vida!

(Pedro Leite)

PERSISTÊNCIA OU DESISTÊNCIA?

Desistência é a opção de muitas pessoas devido a incômoda realidade que os fracassos e perdas lhes impõem, fazendo-os parar ou retroceder. Todavia, dentro de cada um de nós existe pelo menos, um resquício de esperança, que é capaz de nos transportar para a dimensão das possibilidades, nos fazendo acreditar numa iminente virada e o alcance do estado de satisfação.

Por isso, mesmo diante das adversidades, aprenda a ser persistente e viver com uma boa dose de fé para alcançar dias melhores.

Pedro Leite





AS PESSOAS E A TECNOLOGIA

Estamos vivendo na era da tecnologia e da comunicação. Apesar disso, nunca se observou tanta falta de boa comunicação entre as pessoas. Grande parte delas estão dando preferência em se comunicar mais por telefones ou computadores, ao invés de uma conversa face a face. 

Nas famílias, tem sido comum, pais e filhos passarem horas em bate-papo virtual, disponibilizando pouco ou nenhum tempo para seus relacionamentos pessoais. Pouquíssimo tempo tem sido investido numa conversa à mesa, num bate papo descontraído, desfrutando os benefícios desse encontro.

No filme de ficção chamado “Os Substitutos”, observamos que a tecnologia foi ganhando gradativamente o espaço dos relacionamentos, e os humanos acabaram dando preferência por se relacionar através dos seus robôs, em detrimento do convívio tradicional entre pessoas, onde o mundo real cedeu lugar para o virtual. É claro que estamos longe disso se tornar uma realidade, mas essas ideias apontam para a necessidade urgente que temos em resgatar a boa comunicação e o entrosamento entre as pessoas.

A tecnologia que proporciona conforto e praticidade, sempre será bem vinda, mas não podemos descuidar ou abrir mão da boa e velha comunicação, pois ela possibilita o estreitamento dos laços de amizade, nela podemos utilizar nossos sentidos, percebendo expressões, captando aromas (que sejam bons) e sentindo os toques de apertos de mão ou abraços afetuosos. Enfim, a boa comunicação produz um ambiente de vida e satisfação ao invés da impessoalidade, frieza e limitação do meio virtual, disponibilizado pela tecnologia.

Pense um pouco sobre isso e adote um estilo mais pessoal e melhor de se relacionar com as pessoas reais.

(Pedro Leite)

Aproveite para assistir esses vídeos que separei:

- A família e a tecnologia - http://youtu.be/d2Sil23wp9E

- Substitutos - http://youtu.be/6KydrSWDAcQ

- Desconectar para conectar. http://youtu.be/vI8pIUmRn_E




ENCONTROS

Nos encontros promovidos pelos relacionamentos, de alguma maneira, somos afetados e afetamos o outro também. Inevitavelmente, isso promove mudanças em nosso modo de ser, a partir dessas novas experiencias.

Ao resgatarmos nossa história de vida, podemos observar como as experiencias dos "encontros" contribuíram para nosso desenvolvimento como ser humano. Por isso, cuide muito bem de cada "encontro" seu, pois ele faz parte do seu aprendizado como pessoa, além de ficar registrado em centenas de memórias, o tipo de pessoa que você foi, como se comportou diante das adversidades e o bem ou mal que causou por onde você passou. 

(Pedro Leite)




VIVER EM GRUPO

O viver em grupo tem se configurado para o ser humano como um espaço produtor de vida, pois é no grupo que ele nasce, cresce e constitui sua rede de relações sociais e afetivas. 

É a partir das relações em grupo que o homem se desenvolve num constante aprendizado, desempenhando papéis em sua rede social, tornando-se capaz de lidar com variadas situações que vivenciará ao longo de sua vida. É nesta rede de relações que o indivíduo vai convivendo e aprendendo, sendo afetado e afetando outros ao seu redor, formando seus conceitos e seus valores, elaborando, assim, diferentes formas de colocar-se no mundo e estabelecendo padrões de contato com outras pessoas e com ele mesmo.

(Pedro Leite)




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Acreditar


Reinventar-se


Vitórias e Fracassos


Renovar-se


Estar Só


ADEUS VIDA PRIVADA

Nessa época, marcada pela tecnologia da conectividade, pela internet e pelas redes sociais, observamos como novos padrões de comportamentos estão alterando a forma como as pessoas passam a lidar com questões do seu próprio “eu” frente aos apelos da não-privacidade. Diante desta verdadeira nudez da vida privada, surgem inquietantes perguntas sobre os rumos que esse novo sujeito quer dar ao seu modo de estar no mundo.

Absorvido pelo sistema e por sua entorpecente velocidade, este novo sujeito está se moldando e se configurando a partir dessas novas práticas, que acabam confundindo e homogeneizando a demarcação psíquica que deveria existir entre os territórios do "eu" e do "não-eu". Assim, estas novas práticas acabam por misturar os conteúdos das esferas pública e privada, revelando uma promiscuidade danosa na relação entre estes dois mundos.

Pensar no sujeito resultante deste processo continua sendo uma grande incógnita, pois estas práticas estão em constante mudança, patrocinadas pela velocidade cibernética. Todavia, cabe uma reflexão sobre as configurações de privacidade adotadas por esse sujeito. Anteriormente, seu olhar era “para dentro”, onde pontuava seus segredos e significações a respeito de si mesmo e do seu mundo, sendo isso um fator de compreensão e desenvolvimento deste indivíduo. Hoje, a partir das diversificadas ferramentas tecnológicas, esse olhar se volta “para fora”, expondo sua vida, nesse jeito narcisista, na busca de visibilidade e fama. Assim, esse novo sujeito se vê, num ambiente nebuloso, impedido em ter clareza, no seu psiquismo, em saber o que é seu e o que é do outro.

Desta maneira, parece que este novo sujeito vai se configurando com subjetividades pouco centradas na “vida privada”, voltando-se cada vez mais para o campo da visibilidade e do show cibernético, onde ele se vê como necessário e parte do espetáculo cotidiano.

(Psicólogo Pedro Leite)



COMO VOCÊ ESTÁ LIDANDO COM O PERDÃO?

Apesar do termo "perdão" quase sempre levar as pessoas a relacioná-lo ao aspecto religioso, o perdão transcende os limites da religiosidade e se constitui num dos mais poderosos facilitadores dos relacionamentos humanos. 

A eficácia do perdão está comprovada cientificamente, sendo um dos meios mais eficazes para sarar relacionamentos. Experiências sugerem que o perdão tem um papel importante no que diz respeito a redução da depressão e da ansiedade, assim como também foi ligado a aumentos de auto-estima. No ambiente onde ocorrem experiências de perdão, as pessoas sentem-se mais leves, livres de culpa, sem estresse e desequilíbrio emocional, pois o ato de perdoar produz benefícios, para a saúde física e psicológica.

Perdoar é como liberar sentimentos ruins que estão armazenados em nosso íntimo, contaminando nossa vida. Quando guardamos e congelamos nossas amarguras, sem nos permitir resolver nossas pendências, essas continuarão como feridas abertas, nos tornando potenciais candidatos a somatização, devido cargas emocionais sem solução.

Sei que perdoar não é um processo simples, pois não é fácil lidar com o poder da ofensa ou da perda. Mas a maneira correta de lidar com essas questões amargas deve ser esta: Devemos zerar a nossa conta negativa a partir do exercício do perdão, fazendo constantemente uma faxina emocional e recomeçar uma nova caminhada junto das pessoas com as quais nos desentendemos.

A experiência de perdoar tem mostrado que sempre colhemos bons frutos pelo seu exercício em nossa vida. O perdão também vai proporcionar, a partir do retorno da comunicação, um ambiente mais harmonioso, prazeroso, se configurando num espaço de produção de vida.

Aproveite então para iniciar esse processo ainda hoje em sua vida!

(Pedro Leite)



Novo Tempo


Alegria e Tristeza


Nova Perspectiva